Sua mãe sempre a apoiou, mesmo quando, aos 20 anos, ela enfrentou o desafio de criar sozinha suas filhas gêmeas.
Suelen foi mãe solo, sem suporte do pai de suas filhas, mas com o amor inabalável de quem sempre esteve ao seu lado.
E, mesmo nos momentos mais sombrios, como o relacionamento abusivo que a afastou das filhas, ela encontrou forças para se reerguer.
Anos depois, reencontrou um amigo de infância, que se tornou seu esposo, um homem que faz tudo pela família. Juntos, sonharam com o pequeno Inácio, um bebê tão desejado, mas que viveu apenas cinco horas após nascer. Ela o segurou nos braços quando ele já havia partido, e ela sentiu o vazio imenso de um colo incompleto que anos antes lhe havia sido revelado em um pesadelo.
Com o coração partido, ela teve coragem para tentar outra vez. Quatro meses depois, engravidou e trouxe ao mundo o Ângelo, um menino que reflete sua intensidade, sua força. Ele é o temperamento explosivo e amoroso que ecoa sua própria essência.
Agora, cada um está marcado na pele dela como essas ararinhas sobre o galho da paineira, árvore preferida de sua mãe: as gêmeas cantam alegres, sempre juntas, cheias de vida. O Ângelo, com sua ousadia, está abrigado debaixo da asa da mãe, preenchendo o espaço de um colo que um dia se viu vazio. O pai, segurando uma flor, entrega à família seu amor dedicado. E, no céu, a ararinha que partiu voa livre, sempre presente.
Essa é a força de uma mãe, de uma mulher que, como a paineira, floresce mesmo em solo árido, em meio à saudade e ao amor que nunca morrem.
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